Curiosidades

 

Relação de palavras escritas na língua Yorubá usadas no Jaré e religiões semelhantes. Muitas pessoas ao visita essas religiões, acabam não entendendo o ritual por não saber o significado das palavras.

 

 

DICIONÁRIO YORUBÁ – PORTUGUÊS

 

 

A

ABADÔ – Parte da vestimenta da Orixá Oxum

ABALÔ – Nome dado a Oxum quando brinca com o leque.

ABARÁ – Bolo feito com massa de feijão-fradinho, cebola, camarão-seco, sal, enrolado com folhas de bananeira e cozido no vapor de água quente.

ABEBÊ – Leques de Oxum e Yemanjá, sendo o de Oxum metal dourado e o de Yemanjá metal prateado.

ABIAN – Nome dado ao iniciado no Culto dos Orixás que ainda não recebeu qualquer tipo de obrigação.

ABÔ – Banho de ervas sagradas dos Orixás.

ABOMI – Um dos nomes atribuídos a Oxum e a Xangô, em cultos ligados a água. Abomi quer dizer ao Orixá: aceite água.

ACAÇÁ – Comida ou alimento dos Orixás. Bolo feito com massa de farinha de milho branco ou arroz, cozido em água, sem sal e envolto em folhas de bananeira. É comida votiva do Oxalá, mas pode ser ofertada a qualquer outro orixá.

ADARRUM – Toque do Orixá Ogum.

ADARRUN – Toque rápido e contínuo dos atabaques  para chamar os Orixás nas cabeças dos filhos de santo;

ADIÊ – Galinha preparada para sacrifício aos Orixás.

ADJÁ – Pequeno sino cerimonial. Campânula de metal com duas ou mais bocas tocadas pelo pai ou mãe-de-santo, nas cerimônias rituais a fim de facilitar o transe dos filhos de santo.

ADOBALÉ – Nome dado ao ato de deitar-se no chão para ser abençoado pelo Orixá.

ADUN – Comida de Oxum feita com milho torrado e moído, com um pouco de azeite de dendê e mel de abelhas.

AFOMAN – Um dos nomes do Orixá Omulu, em Candomblés baianos. Deriva de Afomó: contagioso, infeccioso.

AGÉ – Pessoa que não entende o Ritual.

ÁGUAS DE OXALÁ – Cerimônia de purificação do terreiro. Esta Cerimônia marca o início do ciclo de festas litúrgicas nos Candomblés de origem Yorubá e Jeje no Brasil.

AGUIDAVIA – Varetas de cipó, goiabeira, marmelo ou ipê utilizadas para tocar atabaque.

AIÊ – A terra, o solo, sob o domínio de Obaluaiê.

AJAPÁ – Cágado, tartaruga. O animal sagrado de Xangô.

AJÉ – Feiticeira

AKEPALÔ – Sacerdote.

AKESSAN – Um dos nomes do Orixá Exú.

AKIRIJGEBÓ – Freqüentador do Candomblé.

ALÁ- Deus para os daomeanos da nação Jeje.

ALABÉÊ – Tocador de tambores líder no terreiro. Aquele que canta pontos de Candomblé.

 

ARÉ – Culto ao orixá Ogum na Nigéria.

ARÊ – Ruas e Encruzilhadas.

ARIAXÉ – Banho ritual com folhas sagradas para os iniciados. Ariaxé também é o nome do local       onde são feitos estes banhos.

ARROBOBÔ – Uma das saudações do Orixá Oxumarê.

ASSENTAR – Consagrar objetos lançando mão de apetrechos e rituais, a fim de oferecê-los ao Orixá que se quer.

ATABAQUES – São três tambores de tamanho pequeno, médio e grande, que marcam o ritmo e a cadência dos cânticos. O maior se chama RUM, o médio RUMPI e o pequeno LÉ.

ATIM – Pó de pemba.

ATOTÔ – Expressão muito utilizada no Brasil para saudar o Orixá Omulu / Obaluaiê.

AXÓ – Roupas dos filhos de santo.

AXOÔGUN – Espécie de Ogan que tem como função sacrificar animais para os Orixás. Ele tem conhecimentos a respeito d e todos os sacrifícios, rituais, rezas, cantigas e maneiras de agradar os Orixás.

 AZÊ – Capuz de palha da costa usado por  Omulu ou Obá.

  

B

 

BABA – Pai

BABÁ – Expressão usada para saudar Oxalá

BABALAÔ – O sacerdote do culto de Ifá. Quer dizer: aquele que tem o segredo. Diz-se da pessoa que pode ver através do jogo de Opelê-Ifá (jogo de búzios).

BABALORIXÁ – Sacerdote líder. Só pode chegar a essa posição depois de sete anos de ter sido feito no santo. O mesmo que pai de santo.

BABALOSANYIN – Pessoa (com preparo especial) encarregada de colher as ervas sagradas dos Orixás.

BABA KEKERÊ – O mesmo que Pai Pequeno.

 

BALÊ – Cemitério, casa dos Eguns.

BARU – Nome dado ao Xangô violento, ligado ao fogo e, às vezes a Ogum.

C

 

CALIFÃ – Prato ritualístico com 4 búzios, onde se pede a confirmação aos Orixás em certos rituais.

CAMBONA(O) – Auxiliar sagrado dos rituais de Umbanda.

CANDOMBLÉ – Nome que define os cultos afro-brasileiros de origem Jeje, Yorubá ou Bantu.

CARREGO – Pode vir a ser um despacho, uma obrigação ou qualquer tipo de carga negativa.

COLOBÔ – Exú.

  

D

– O mesmo que Oxumarê.

DAGÃ – Filho(a) de santo  antigo (a) na casa, encarregada de tratar dos exús.

DAMATÁ – O mesmo que Ofá.

DESPACHO – Algum ebó que se oferece aos Orixás em troca de conseguir o que se quer. O despacho é feito fora do terreiro e geralmente envolve queima de pólvoras e holocaustos.

  

E

 

EBÁ – Despacho feito a Exú.

EBÓ – Toda e qualquer comida ritualística oferecida aos orixás, independentemente se é para agradar o Orixá ou para servir como despacho, por exemplo.

EBÔMI – Estágio atingido pelo iaô depois de sete anos de aprendizado.

EBÔMIN – Filha de santo que cumpriu a iniciação.

ECHÉ – Oferenda feita com as vísceras dos animais consagrados a seus respectivos Orixás.

EDAM – A cobra de Oxumarê.

EDÉ – Cidade da Nigéria que cultua Eguns.

 

ÉFUM – Desenhos feitos com giz no corpo dos iniciados.

EGÊ – Sangue de animais, o mesmo que “xôxô”.

EGUNGUM – Osso. Refere-se também aos espíritos dos antepassados.

EGUN – Alma, espírito desencarnado.

EKÓ – Espécie de acaçá ofertado a todos os orixás e, principalmente a Eguns.

EKU – Morte.

ELEDÁ – Senhor dos vivos. Entidade que governa o corpo material. Um dos títulos de Olorum, pode ser também o primeiro Orixá da cabeça de uma pessoa.

ELEGBÁ – Vodun cultuado na nação Yorubá, correspondente a Exú.

ELEGBARÁA – Um dos títulos de Exú, que quer dizer Senhor da Força.

EPA-BABÁ – Saudação a Oxalá-Guiã.

EPARREI – Saudação a Iansã.

ERÊ – Espírito infantil que incorpora depois dos Orixás, a fim de transmitir recados aos iaôs. Quando se recolhe passa-se uma semana incorporada por um erê.

ERUEXIM – Rabo de cavalo. É também um objeto de metal atribuído a Iansã. Este rabo de cavalo é usado por Iansã para afastar as almas dos eguns. Presente dado a ela pelo Orixá Oxóssi

F

FILÁ – Capuz confeccionado com palha da costa que cobre o Orixá Obaluaiê. 

 G

GUIA – Fio de contas usados nos rituais afro-brasileiros. Na maioria das vezes essas guias correspondem aos Orixá do Filho de Santo.

GUIAME – Colar dos Orixás.

  

I

 

IALORIXÁ – A suprema em uma casa de santo. O mesmo que mãe de santo.

IBÊJI – Orixás crianças que quando incorporados são chamados Erês.

IBI -  Caramujo que é oferecido em pratos sagrados aos orixás, principalmente Oxalá e Ogum.

IBIRI – O Cetro usado por Nanã, que uma das pontas recurvada. Nanã dança com ele tal como a mãe nina o filho. Segundo algumas lendas yorubá, este gesto representa o arrependimento por ter abandonado Omulu, seu filho.

IDOKÊ – Pó de pemba utilizado para fazer o mal.

IROKO – Gameleira branca, morada dos orixás. É também o nome do Orixá Funfum, filho de Oxalá, cultuado na gameleira branca, na Nigéria, pois não é cultuado no Brasil.

IYÁ BASÊ – Mulher encarregada de preparar as comidas dos orixás.

IYA KEKERÊ – O mesmo que mãe pequena.

IYALORIXÁ – Mãe de santo.

IYAMI OXORONGÁ – É a principal das Iyá Mi Ajé, que quer dizer: Minha mãe feiticeira. É a mais poderosa de todas, tem a força feminina equivalente a de Exú. Trata-se de uma entidade muito  respeitada e temida. Seu culto é extremamente feminista, uma vez que Iyami não permite ser cultuada por homens.

  

J

JARRÁ – LUÁ – Bebida dos Orixás.  

L

LAQUIDIBÁ – Espécie de colar feito com raízes ou chifres de búfalo, muito utilizado na Nigéria, ao redor do umbigo, para proteger as crianças das doenças. No Brasil, é utilizado como guia (no pescoço) consagrada a Omulu, o senhor das doenças.

  

M

MIAM-MIAM – Comida de Exú.

  

  

O

.ODUDUWÁ – Orixá ligado à criação do mundo, que arrebatou Obatalá e criou a Terra. Foi um grande guerreiro e conquistador, mas, no Brasil é cultuado como um Orixá feminino.

OFÁ – Arco e flecha utilizada por Oxóssi como ferramenta e, com o qual ele dança quando incorporado nos terreiros.

OGAN – “Guarda” selecionado por orixás, não entra em transe, mas age como auxiliar sagrado nos rituais. É o cargo exercido, exclusivamente por homens. Dentro da Hierarquia do Santo, vem logo depois do Zelador ou Zeladora, e é tratado como pai no santo, tendo o mesmo status da Zeladora ou do Zelador. Geralmente são filhos de entidades espirituais e são os únicos a quem o Zelador ou Zeladora deve tomar abenção dentro da casa do Axé.

OGAN NILÚ – O tocador dos atabaques.

ORIXÁ – A palavra Orixá significa Ori=cabeça, Xá=Rei, senhor. Senhor da Cabeça.

OSSÉ – Oferendas. 

P

PADÊ – Encontro, reunião. Porém, no Brasil, também significa a cerimônia de despachar a Exú, antes de começar os trabalhos rituais.

PEJI – Quarto onde ficam os assentamentos, ou seja, local da personificação dos Orixás onde são guardados seus símbolos e colocados suas oferendas. Funciona como uma espécie de santuário.

PEJIGAN – O Ogan de confiança que zela pelo Peji cuidando de tudo, desde a limpeza até pequenos reparos se forem necessários.

PEMBA – É um pó preparado com diversas folhas e raízes para ser utilizado nos rituais para diversas finalidades. Pode ainda ser, um tipo de giz que os guias utilizam para riscar os pontos que os identificam.

  

R

RONKÓ – Quarto de santo destinado à iniciação.

RUNGEBÊ – Contas sagradas de Obaluaiê.

  

S

SARAVÁ – Saudação dos Orixás, usada muito nos cultos de Umbanda.

 

 

  

V

VODU – Tipo de culto muito difundido nas antilhas e em algumas regiões de Benin na África, que nada tem a ver com o culto aos Orixás.

 

 

X

XAXARÁ – Símbolo do Orixá Obaluaiê. Feito com as nervuras das folhas de palmeira, e enfeitado com búzios e miçangas, é o que Obaluaiê traz nas mãos quando dança personificando os ancestrais.

  

Y

YANGUI – Exú considerado o primeiro do Universo. Exú Yangui, rei e pai dos demais Exus.

YORUBÁ – Povo nigeriano que se dividiram em diversas tribos ou nações são elas: os Ketu, os Oyó, os Igejá, os Geges e os Nagos. Embora divididos em tribos diferentes, mantiveram a mesma cultura. É óbvio que houve algumas deturpações, mas as origens de culto são as mesmas.